Ana Valente - Formada em Economia, Pedagogia e fiz uma pós na área de Educação - Didática de Ensino
Comecei a pintar aquarelas em 2020. Antes da aquarela aprendi a pintar a óleo.
Sobre a aquarela? Confesso que não me interessava, apenas observava, achava que era uma arte menor, muito fácil. Ledo engano, assim que peguei no pincel e aquele monte de água se espalhou pelo papel, frustração. Isso me motivou a estudar aquarela.
Assim que acabei o colegial cursei Economia, resumindo acabei a faculdade grávida do segundo filho. Entre trabalhos e cuidados com os filhos acabei escolhendo a segunda opção.
Terceiro filho, muito trabalho, em casa.
Quando o mais novo estava com 4 anos, me convidaram pra ser professora de colegial técnico noturno, respirei fundo e fui. Surgiu a oportunidade de fazer pós graduação na área de educação, fui. Outra oportunidade, agora fui cursar Pedagogia mas agora, era ser mãe, professora, aluna e ainda trabalhar com o marido.
Eu só estou bem quando tenho muitas coisas pra fazer, ao mesmo tempo. Tudo bem! Com tudo isso, sempre alimentei a vontade de aprender a pintar e - de uma maneira ou de outra - fiz com que a arte da pintura estivesse sempre presente, nem que fosse somente comprando livros.
A vontade de aprender a pintar surgiu quando ganhei um estojo de aquarelas, lindo, coisa fina, devia ter uns 6 ou 7 anos. Depois, no primário, fui com a escola ao Museu do Ipiranga e, quando vi aquela tela enorme na parede, Independência do Pedro Américo, fiquei enfeitiçada. Alguns passeios pela Praça da República - SP nos anos 70 e o feitiço aumentava quando via retratos e paisagens pintados por mestres que ficavam por lá. Fui nutrindo essa paixão pela pintura, eu sabia que o dia de eu aprender chegaria.
A aprendizagem da pintura em aquarela é uma técnica muito desafiadora, porque ela te controla. A única coisa que temos a favor é a consciência do nosso domínio.
Aí entra a parte fundamental - com quem você aprende. É preciso que essa pessoa te conduza ao entendimento da técnica e permita que você construa o seu processo. Encontrei isso com o professor Bfrêma. Mais do que entender os conceitos, ele procura nos ensinar a organizar o raciocínio na hora de pintar, o que me permite evoluir a cada dia. Fui da frustração à satisfação. É claro que meus pincéis ainda não são mágicos como os do mestre, mas aos poucos eles vão ficando encantados pelas minhas mãos e olhar.
Aprender a pintar, não importa o quê.
Aprender!
Pintar!
Gosto de pintar, ponto!
Mas considero retrato o mais difícil, exige muita atenção.